
Para se ter idéia, a Petrobrás inicia neste ano a seqüestrar carbono e depositá-lo em áreas já usadas para a extração de petróleo. E segundo o IPCC, o painel do clima das Nações Unidas, será preciso sumir com 25 bilhões de toneladas de gás carbônico por ano até 2050. E o enterro de carbono pode ajudar: segundo o IPCC, a tecnologia tem o potencial de eliminar pelo menos 21% disso nesse período.
Mas você poderia estar se perguntando: como funcionaria esse processo? Segundo os técnicos, o carbono que seria emitido para a atmosfera nas refinarias é capturado por uma chaminé. O gás é então injetado no subsolo, onde ele ficará guardado por milhões de anos. Existindo três formas de armazenamento: em áreas de exploração de petróleo, aqüíferos salinos e minas de carvão. Mas como tudo o que se relaciona ao meio ambiente, essa técnica também oferece riscos, justamente porque o carbono seqüestrado pode, eventualmente, vazar dos reservatórios.
Com relação ao nosso país, segundo João Marcelo Ketzer, do Centro de Excelência em Pesquisa sobre Armazenamento de Carbono (PUC-RS) o Brasil, sozinho, tem capacidade para estocar o equivalente ao que o planeta emite em 80 anos.
Com base nos resultados observados na enquete, 50% afirma ser desfavorável à técnica de injetar gás carbônico em excesso nos subsolos brasileiros, e os outros 50% não saberia opinar. Sou levada a crer que a baixa incidência de votos se deva, justamente, ao desconhecimento do funcionamente da mais nova façanha do século XXI. Pelo pouco conhecimento, que também possuo a respeito do assunto, não arriscaria a tendenciar alguma idéia. Agora uma coisa que se tem que ter muito cuidado (entre outros aspectos fundamentais) é se, após ser bem fundamentado com base em pesquisas, terá o apoio do governo para não se ter os mesmos momentos conturbados de Angra 1 e 2.